terça-feira, 29 de março de 2011

À PERFEIÇÃO DE UM OVO


Os pombos
Vêm dormir
No poleiro das galinhas, no galinheiro
Acordam antes das quatro e meia
E as sobras de ontem: Já eram!
(Deve ser por isso que as Terras de Santa Cruz
São o maior produtor de óleo de peroba do mundo!)

Ellas, as galinhas
Não se importam
Os galos cacarejam baixo calão, a bico de pena
E xingam feito bode na chuva
Por falar em chuva: O nível das marés está aumentando
(É, meu pé-de-cabra
É por isso que todo dia jogo no bicho
Hei de acertar: Vou comprar uma rabeta!)

As galinhas ciscam, protestam
Soltam a franga, rasgam o verbo
_Muita crista, pouca vista, egoísta!
_Pouca vista, muita crista, egoísta!
E o coro comeu... perfeito
Ellas sempre levam no papo:

Faz como eu
Dou pra todo mundo
E boto
Pra ninguém botar defeito.

Lu moraes
O poeta do vento norte


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